Wingene

José Eugênio

🔍 Pesquisa

Reflexões

Infância perdida

Humildes construções, lar de excluídos. Os barracos voavam nos pés dos meninos. A bola girava com eles. A pobre infância não vence o delito, aliciada pelo sistema. Abandona o alegre jogo, agora o brinquedo é o fuzil. A pólvora cruel enche suas pelotas, violentas chacinas povoam suas vidas. Correndo nas mãos, caras fissuras, ânsia de drogas. Deleite irresponsável da vida dos arranha-céus. Outros garotos inocentes, ricos de prata. Pagam o consumo sangrento, ceifam vidas que se dissolvem. Ricos dependentes, pobres carentes.

<–