Wingene

José Eugênio

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Reflexões

Baleias e marujos

Vivemos em um mundo onde as desigualdades econômicas e sociais são geradas por estruturas de poder injustas. Colossais barreiras econômicas e sociais impedem que a maioria progrida pelo mérito ou esforço individual. Grandes baleias detêm em suas mãos as maiores empresas, que definem a rota das mesmas no oceano do capital. Com a mão invisível no leme, açoitam os marujos, que batalham em busca de um ínfimo soldo.

Um sistema político forte e coeso precisa de um Estado capaz de suplantar a força das baleias, corrigir os rumos da navegação, garantindo que marujos se tornem navegantes. Senhores de sua pequena embarcação, podem tomar para si o leme de seu próprio destino. Competindo num sereno oceano, sem fugir nem caçar as baleias, mas convivendo com os grandes cetáceos.

Os temidos donos dos oceanos podem continuar sua trajetória, no entanto, sem influenciar significativamente o destino das empresas. Cuja missão apoiadas e reguladas pelo Estado. Aquele que, por sua vez, deverá garantir aos navegantes uma viagem tranquila até o almejado destino.

(17/09/25).

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