Wingene

José Eugênio

🔍 Pesquisa

Contos infantis

Armadilhas da Internet

Marcos adorava seu filho, Pedro. Ele estava com 7 anos, era um garoto muito animado, mas quando estava em casa, não tinha amiguinhos para brincar. O pai brincava com ele, mas muitas vezes não tinha tempo. Nessas horas, acabava emprestando o celular para ele. Pedro se divertia com joguinhos que o pai colocava no celular. Certa vez, na escola, um amigo disse: — Tem um jogo muito legal! Ele perguntou: — Que jogo? — O clube dos pinguins.

Quando chegou em casa, pediu ao pai: — Papai, pode pôr o clube dos pinguins para mim? O pai pesquisou no celular: — Tem esse jogo mesmo, vou colocar para você. Esse passou a ser o jogo preferido do menino. Olhos atentos à tela, dedos ágeis salvando e engordando os pinguins com peixinhos. Desafios coloridos piscando a todo momento. Outros jogadores chamavam, dando dicas, Pedrinho, mesmo com dificuldade, conversava com eles. No entanto, uma falha permitia mensagens maldosas, porta para ataques de vírus: programas criados por bandidos.

Animado com o jogo, Pedrinho recebeu uma mensagem: — Clique aqui para ganhar pontos. Pedrinho clicou no link, era um vírus. O celular do pai ficou infectado com um aplicativo do mal. O pai, sem perceber, continuou utilizando o aparelho. Mal sabia que o vírus estaria roubando seus dados e enviando para bandidos. No dia seguinte, o pai foi pagar uma conta e levou um susto. Não tinha saldo suficiente, precisou gastar das economias. Sem entender, procurou o gerente. — Alfredo, estou com um problema aqui. Alfredo, o gerente, investigou e percebeu o problema: pagamentos suspeitos em um dia. — Marcos, isso é um golpe, deve ser um vírus no seu celular. — Você clicou em algum link? Marcos pensou: deve ter sido o Pedrinho.

Mais tarde, conversou com o filho: — Pedrinho, deixa eu ver o seu jogo. O menino mostrou para o pai. Olhando as mensagens, ele viu que havia várias com links que prometiam prêmios e pontos. Entendendo o problema, ligou para um técnico. Que recomendou apagar o jogo e trocar as senhas do banco. Resolvida a situação, chamou Pedrinho: — Filho, você não pode clicar em mensagens assim, acabou instalando um programa malvado no meu celular. — Agora você jogará só meia hora por dia e eu vou acompanhar. — Mas, papai, meia hora é muito pouco. — Você vai ver que não, e eu vou brincar mais com você.

A rotina do menino mudou. Pedrinho jogava bola com o pai, brincava com jogos de tabuleiro, desenhava. Um belo dia, ele disse: — Papai, é mais legal brincar com você do que com o celular. — Verdade, filho, eu também me divirto mais. Assim, Pedrinho aprendeu os perigos de clicar em mensagens e viu como era bom ter mais tempo com o pai.

<–