Inventar é descobrir
Inventar, Invenire, do latim, tem como significado literal descobrir. Tomei contato com essa sutileza estudando a biografia de Jorge Luís Borges. O ofício do artista criador não é diminuído ao posicioná-lo como um desbravador. Caminhos para obras-primas são sempre descobertas do mundo. Científicas ou metafísicas, as respostas estão no Universo, aguardando que mentes criativas as inventem.
Teorias físicas são modelos, a antiga música das esferas postulada há quase três mil anos se tornou elíptica com Newton e avançou ainda mais com a relatividade de Einstein. A teoria unificadora repousa encoberta, na espera de que o esforço em avistá-la ilumine novas fronteiras da ciência.
Novas filosofias permanecem à espera. Navegadores do mar metafísico buscam respostas, que já estão prontas em continentes desconhecidos. Por enquanto, parecem perdidos, ofuscados por soluções cada vez mais ousadas da ciência e por conteúdos de autoajuda que propagam como pragas.
Soluções para a vida em sociedade também parecem estagnadas. De um lado, uns defendem o liberalismo, que demonstra a sua crueldade para a maioria. Outros defendem um estado forte, que apresenta falhas, perdendo a agilidade do espírito empreendedor. Melhor seria que se descortinasse uma solução alternativa para alívio das desigualdades e estímulo da iniciativa.
(17/09/25).