Aventura de bicicleta
Era uma vez duas irmãs, Clara e Alice, que gostavam muito de andar de bicicleta. Clara tinha 8 anos e Alice 10 anos. Com esforço, já sabiam andar sem as rodinhas. Como prêmio pelas boas notas na escola, no fim do ano, ganharam novas bicicletas. Modernas e confortáveis com dez marchas. Elas gostavam muito de andar nas magrelas, ainda mais com estas novas, tão incrementadas. O lugar que elas mais iam andar de bicicleta era o parque, mas elas tomavam cuidados ao andar no parque, obedecendo ao conselho dos pais. Elas prestavam atenção para não trombar com outras bicicletas e também para não andar em locais onde havia pessoas caminhando e correndo, pois podiam atropelar alguém. As meninas já estavam craques na bicicleta nova. Sabiam aproveitar as marchas da bicicleta, escolhendo as marchas mais leves e as mais pesadas de acordo com a necessidade.
Utilizando este conhecimento, elas podiam andar de bicicleta por horas sem se cansar.
Certo dia, resolveram explorar o enorme parque. Porém, havia um problema: eram muitos morros para subir e descer. Deste modo, antes de iniciar a empreitada, resolveram se aconselhar com o papai e com a mamãe. Quando explicaram a ideia para o pai, ele disse: — Vocês conseguem andar tanto com suas bicicletas? Elas responderam em uníssono: — Sim! O pai completou: — Não vão se cansar no meio do caminho? A mãe também advertiu: — Lembrem-se, vocês precisam poupar energias para chegar até o fim. As meninas pensaram. Clara disse: — A gente poupa. Alice completou: — Vamos sem pressa para cansar menos.
Começaram então os preparativos: material para primeiros socorros, lanche, bastante água, uma boa geral nas bicicletas, enfim, estava tudo pronto. No fim de semana, o tempo estava bom, sem sinais de que haveria chuva, e as meninas se animaram. Pegaram os apetrechos, prepararam as bicicletas e os pais as levaram até o parque.
Elas haviam preparado um mapa para o trajeto, que incluía trechos do parque que elas nunca haviam visitado: a cachoeira, o recanto de pássaros, o bosque dos macacos-prego. Paradas obrigatórias na exploração do parque.
A família foi para o parque, os pais ficariam esperando no ponto de partida. Clara e Alice pegaram as mochilas e se despediram: — Tchau, mamãe, tchau, papai. Iniciando o trajeto, de acordo com o mapa planejado. Subiam os morros devagar com a marcha mais leve e desciam com uma marcha não muito pesada para não correrem muito. A cada obstáculo superado, surgiam novas energias para vencer o próximo. Clara, apesar de mais nova, ditava o ritmo em pedaladas velozes. Alice vinha atrás, paciente. Após subir o primeiro e o segundo morro, encontraram a placa indicativa do local onde existia a cachoeira. Parem ali um pouco para se refrescar nas águas da cachoeira. Alice disse: — Clara, lembra do que combinamos? — Como assim? — Precisamos ir aos poucos para não cansar logo. — Tem razão, vou mais devagar.
Após aproveitar o banho refrescante, se trocaram e seguiram seu caminho. Precisavam superar mais três subidas bem fortes para chegar até o recanto dos pássaros. Seguiam firme. Clara acompanhava a irmã, pensando em economizar as forças. Utilizando os recursos das bicicletas para não se esforçar muito, conseguiram chegar ao recanto, desta vez, porém, um pouco mais cansadas. Quando finalmente chegaram, ficaram maravilhadas com a diversidade de pássaros que havia ali. — Olha, Alice, aquele passarinho ali, todo colorido, que bonitinho. — É mesmo, e aquele outro ali, que grandão. — Eles têm cantos tão diferentes. Disse Alice. Passaram bons momentos ali até que, finalmente, cumprindo o plano para chegarem onde estavam seus pais antes de anoitecer, pegaram as bicicletas e voltaram a percorrer o caminho que levaria ao bosque dos macacos.
Desta vez eram apenas 2 morros, parecia fácil. O primeiro morro elas venceram com algum esforço, mas, quando chegaram ao segundo morro, este era mais íngreme e muito alto. As meninas, valentes, começaram a subir, mas aos poucos foram se cansando, parecia que nunca chegariam ao fim da subida. No meio do caminho, tiveram que descer das bicicletas, não aguentavam mais… Finalmente, num último esforço, seguiram subindo a pé, empurrando suas bicicletas até chegarem ao topo do morro.
Lá de cima dava para ver toda a cidade, que paisagem maravilhosa! E, enquanto contemplavam, avistaram os macaquinhos nas árvores, como eram bonitos. Ficaram muito felizes de desfrutar daquela paisagem tão agradável.
Passou-se algum tempo e enfim Clara lembrou: — Precisamos ir, temos que chegar antes de anoitecer. E as meninas desceram o último morro desta história. Com cuidado e mais algumas pedaladas, já estavam no local onde papai e mamãe esperavam com um delicioso piquenique.
Que aventura legal, como aproveitaram as garotas. E que gratidão sentiram por terem escutado os conselhos do papai e da mamãe.