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José Eugênio

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Amor

Herança espiritual

“Os nossos cérebros e as nossas mentes não são tablae rasae quando nascemos. Contudo, também não são, na sua totalidade, geneticamente determinados. A sombra genética tem um grande alcance, mas não é completa”. (Antônio Damásio)

O primeiro sopro de vida já carrega a herança de suas raízes. À sombra dos frondosos galhos dos antepassados ilumina o incipiente entendimento. Mais tarde, as atitudes demonstram comportamentos que remetem a essas raízes. Traços que podem vir de profundas fundações. Essa herança cria as primeiras luzes do espírito, que vive na mente e se torna presente no pulsar do coração. Um conceito que não é etéreo, mas que ascende a ele no poder do caráter.

A herança espiritual inicia com a célula genética e deve ser gradualmente enriquecida. Como uma camada superior da mente que recebeu a doce seiva de suas raízes. O espírito se expande na criança em manifestações superiores ao sentir e pensar. Nutre-se das emoções e pensamentos, fortalecendo-se com as experiências vividas. O estímulo ao aperfeiçoamento moral e intelectual não se restringe à realização pessoal. Alimenta também o espírito. Sua presença, antes despercebida, pode suavemente se manifestar em serena euforia. Quando o pensar e o sentir se curvam ao seu poder sutil. Aqueles que perdem seu tempo e não buscam nutrir o espírito, perdem a chance de aproveitar essa doce seiva — dádiva ancestral, herança espiritual.

(12/05/2023)

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