Música soberana
Martelos em coro frenético,
retumbam em compasso medido,
marretas graves, martelo agudo.
Buzinas correm, coro continua.
Um cachorro late.
Um gigante se ergue,
batidos alucinados,
pulsando o concreto.
Uma matilha canta protesto.
Crianças gritam sem nexo.
As batidas esvanecem,
assim como o grito.
A batalha vez ou outra à tona.
Ressoando no ferro que prevalece,
música urbana de sons conhecidos.
Gênero ecoa, abafando os bandos.
A harmonia das flores permanece,
espalhando o perfume ancestral.
Musical, a natureza aparece,
Soberana magia — sinfonia natural.